sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Mão que nos faz pensar.


A foto do século Um fotógrafo, que fez a cobertura de uma intervenção cirúrgica para corrigir um problema de espinha bífida realizada no interior do útero materno num feto de apenas 23 semanas de gestação, numa autêntica proeza médica, nunca imaginou que a sua máquina fotográfica registraria, talvez, o mais loqüente grito em favor da vida conhecido até hoje.Enquanto Paul Harris cobria, na Universidade de Vanderbilt, em Nashville, Tennessee, EUA, o que considerou uma das boas notícias no desenvolvimento deste tipo de cirurgia, captou o momento em que o bebê tirou a sua mão pequenina do interior do útero da mãe, tentando segurar um dos dedos do médico que o estava a operar.A foto, espetacular, que pode ser vista aqui, foi publicada por vários jornais dos EUA e a sua repercussão cruzou o mundo até chegar à Irlanda, onde se tornou uma das mais fortes Bandeiras contra a legalização do aborto.A pequena mão que comoveu o mundo pertence a Samuel Alexander, cujo nascimento ocorreu no passado dia 28 de dezembro (no dia da foto ele tinha quase 5 meses de gestação).Quando pensamos bem a foto é ainda mais eloqüente.A vida do bebê está literalmente presa por um fio. Os especialistas sabiam que não conseguiriam mantê-lo vivo fora do útero materno e que deveriam tratá-lo lá dentro, corrigindo a anomalia fatal e voltar a fechar o útero para que o bebê continuasse o seu crescimento normalmente. Por tudo isso, a imagem foi considerada como uma das fotografias médicas mais importantes dos últimos tempos e uma recordação de uma das operações mais extraordinárias registradas no mundo.Agora, ele tornou-se o paciente mais jovem que já foi submetido a este tipo de intervenção e é bem possível que, já fora do útero da mãe, Samuel Alexander Arms aperte novamente a mão do Dr. Bruner.A apresentadora de televisão Justine McCarthy disse ser impossível não se comover com a imagem poderosa desta mão pequenina que segura o dedo de um cirurgião e nos faz pensar em como uma mão pode salvar vidas.